O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) esclareceu que não está em estudo qualquer novo reajuste para o Programa Bolsa Família neste momento. A pasta reforça que as mudanças estruturais no programa já foram implementadas entre 2023 e 2024 e que o valor atual atende aos critérios estabelecidos para combater a pobreza e promover a inclusão social.
A nota oficial reforça que o valor mínimo de R$ 600 por família está mantido, com adicionais conforme a composição familiar. A média atual dos repasses gira em torno de R$ 230 por pessoa, o que representa cerca de US$ 40, alinhando o Brasil às metas da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Adicionais garantem repasses acima do mínimo
Desde junho de 2023, o Bolsa Família contempla valores extras que aumentam significativamente o repasse mensal para famílias com crianças, adolescentes e gestantes. Os valores são:
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R$ 150 por criança de até seis anos;
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R$ 50 por criança ou adolescente entre 7 e 18 anos incompletos;
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R$ 50 para gestantes e nutrizes;
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Garantia de no mínimo R$ 142 por pessoa, com possibilidade de acumulação com o Seguro Defeso.
Em alguns estados e municípios, o valor pode ser complementado por iniciativas locais, garantindo que nenhum membro da família receba menos de R$ 218.
Avanços sociais e redução da pobreza
Com as medidas implementadas desde 2023, o Brasil alcançou avanços expressivos na área social. Segundo o MDS e instituições como FAO, FGV e PNUD:
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A insegurança alimentar severa caiu 85%;
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A extrema pobreza foi reduzida de 9% para 4,4%;
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A pobreza geral recuou de 37% para 25%;
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O índice de Gini caiu para 0,506, o menor da história;
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O IDH brasileiro subiu para 0,76, com melhorias em renda, educação e expectativa de vida.
Bolsa Família e acesso ao emprego
O governo destaca que o programa não substitui o salário, mas serve como rede de proteção social, focada em garantir acesso a alimentos e serviços básicos. Em paralelo, programas como o Acredita no Primeiro Passo estimulam a autonomia financeira.
Entre 2023 e 2024, mais de 16,5 milhões de admissões no mercado formal envolveram beneficiários do Cadastro Único e do Bolsa Família. Em 2024, das 1,65 milhão de novas vagas registradas no CAGED, 1,63 milhão foram preenchidas por beneficiários do programa.